Essencial para estimular a absorção de cálcio nos ossos, a vitamina D se tornou o nutriente da longevidade. Estudos divulgados esta semana mostram que mais do que fortalecer as articulações, o consumo desta vitamina aumenta a expectativa de vida. Outra pesquisa, que acompanhou 119 mil adultos por 20 anos, publicada na revista "American Journal of Clinical Nutrition", diz que homens que tomaram pelo menos 600 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia estavam menos propensos a sofrer infarto ou derrame. E uma revisão de 50 estudos, envolvendo 94 mil participantes, realizada por seis investigadores de diferentes países publicada na revista de "The Cochrane Library", concluiu que esta vitamina reduziu a mortalidade, especialmente em mulheres acima de 50 anos. Com estes e outros tantos trabalhos favoráveis, consumir suplementos deste nutriente virou moda, mas os médicos alertam para os abusos.
 
De nada adianta consumir vitamina D sem se expor ao sol por um período de 15 a 20 minutos, por exemplo: a radiação solar é fundamental para a síntese de vitamina D. Para ajudar, uma dica é buscar fontes naturais do nutriente, como peixes, ovos e leite. Como é difícil conseguir a quantidade necessária diária só com a dieta, o ideal é ingerir suplementos. Mas com supervisão médica, após exames de sangue.
 
– A principal fonte de vitamina D é a exposição da pele à luz solar. Em contato com o sol, a substância 7-dihidrocolesterol, presente na pele, é ativada e se transforma em vitamina D3, após passagem pelo fígado e pelo rim. Os alimentos, com exceção dos enriquecidos com este nutriente, são pobres em vitamina D, . Do ponto de vista médico, os alimentos não são considerados fonte de absorção. Para sintetizar vitamina D, são recomendados suplementos e exposição solar – diz o professor Antônio Carlos Minuzzi, endocrinologista do centro de medicina avançada AmaDerm e professor da Universidade John Hopkins.
 
Como forma de prevenir doenças e manter a massa óssea, a vitamina D é importante para todas as idades, afirma Minuzzi. E a recomendação é de 600 UI por dia para jovens e idosos até 70 anos. Se a pessoa apresentar deficiência de vitamina D por muito tempo, a tendência é o aumento da insulina, problema que pode evoluir para o diabetes e altos níveis de triglicerídeos.
Superdosagem prejudica funcionamento de fígado e rins
 
O cuidado é com o excesso. A superdosagem pode causar elevação dos níveis de cálcio no sangue e na urina. E isto pode provocar a formação de cálculos renais e calcificação das articulações.
 
 

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