Seis personalidades expressivas do movimento cultural capixaba serão homenageadas com a Comenda Maurício de Oliveira, maior título honorífico da capital capixaba, durante os festejos de 460 anos de Vitória. Reginaldo Sales, Milson Henriques, Fabiano Mayer, Luiz Paixão, Marien Calixte e Amylton de Almeida (post-mortem) são os primeiros condecorados com a comenda, em solenidade que será realizada nesta segunda, 5 de setembro, às 19 horas, no Espaço Cultural Saldanha da Gama.
 
A comenda Maurício de Oliveira foi criada no ano passado, por meio de decreto assinado pelo prefeito João Coser, durante a Festa da Cidade. O título honorífico recebeu o nome do maestro como forma de reconhecimento e gratidão a um dos maiores violonistas do país e um ícone da cultura do Espírito Santo.
 
Maurício de Oliveira nasceu em Vitória, em 1925, e, aos seis anos, já se dedicava à música. Sua obra "Canção da Paz" foi apresentada no 5º Festival Mundial da Juventude, em Varsóvia (Polônia), e lhe rendeu o segundo lugar no evento.
 
Levando o nome de um homem de tamanha grandeza, a condecoração é dada a pessoas engajadas no movimento cultural, que tenham contribuído de forma significativa para a cultura da cidade. 
 
Mestre da Banda de Congo Amores da Lua, Reginaldo Sales tem 88 anos e uma energia de menino ao se dedicar a uma das manifestações mais tradicionais do Estado, há mais de cinco décadas. A banda foi fundada em 1945, quando o bairro Santa Martha ainda se chamava bairro do Mulembá.
 
Milson Henriques, 71 anos, é desenhista, jornalista, ator, diretor, poeta e autor de peças teatrais. Multiartista, foi o coordenador dos primeiros festivais de música do Estado. Milson sempre teve participação ativa na efervescência cultural em Vitória, desde a década de 60.
 
Violinista concertista, Fabiano Mayer estudou nos Estados Unidos e Europa, participou de festivais e palestras em diversos países. Ele tem se apresentado com um grupo experimental e instrumental acústico, que leva o seu nome e vem obtendo sucesso de público e crítica. Em 2006, lançou o “Livro Primeiro de Violão” e, em 2007, “Manual Prático de Violão”.
 
E não dá para falar em jazz sem lembrar imediatamente de Luiz Paixão, 86 anos. Antes de rodar o mundo, ele começou como cantor de big bands – se apresentava nas rádios de Vitória com dois pseudônimos: Bill Philips e Sanclair. É considerado, hoje, embaixador do jazz do Espírito Santo.
 
Outro fissurado por jazz, Marien Calixte, durante mais de cinco décadas dedicadas ao jornalismo, ao rádio, à literatura, à pintura, à música. Também já foi produtor cultural, diretor de teatro, além de especialista em jazz. Marien foi o primeiro autor no Espírito Santo a produzir ficção científica. "O Visitante", conto que foi incluído na antologia “Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica", organizada por Roberto de Sousa Causo e lançada no ano passado.
 
Jornalista, homem de televisão, crítico de cinema, cineasta, romancista, videomaker e dramaturgo, Amylton de Almeida nasceu em Afonso Cláudio, em 1946, e faleceu em Vitória, em 1995. Entre suas obras, destacam-se os romances “Blissful Agony, a Passagem do Século” e “Autobiografia de Hermínia Maria”; as peças teatrais “As Noites das Longas Facas , Segunda Parte” e a comédia “Tem Xiririca na Bixanxa”, com autoria de Milson Henriques e colaboração de Marcos Alencar. Deixou inédita a peça “Respire Fundo. Prenda o Ar. Solte”. Seu vídeo mais conhecido é “Lugar de Toda Pobreza”. Ao falecer, deixou pronto, como diretor, o filme “O Amor Está no Ar”.
 
 
Serviço
Vitória 460 Anos – Entrega da Comenda Maurício de Oliveira
Quando: segunda-feira (5), às 19h.
Onde: Espaço Cultural Saldanha da Gama. Av. Vitória , 320 – Forte São João (entrada também pela avenida Beira-Mar). 
Evento aberto ao público.
 

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