É o grande show do universo da moda. Chanel se tornou o ponto máximo das coleções de Paris, sem a aparente redução de custos que parece dominar as semanas de lançamento. Basta entrar no amplo espaço do Grand Palais e se deparar com o cenário de fundo do mar todo em branco. O quê? De novo, fundo do mar, um tema já visto e revisto? Sim, mas lembrem quem fez o show: Karl Lagerfeld. E o poder, de quem? Chanel.
 
Portanto, vamos às maravilhas: algas, baleias, peixinhos, corais, tudo branco, a sala branca, a arquibancada em forma de onda. Começa o desfile, ao som de que? De quem? Wagner! Uau. Mal consigo me concentrar na moda. Mas vamos lá: tailleurs revisitados, com bolsos chapados, abotoados por pérolas; botinhas prateadas, de bico quadrado, vestes de tweed com traços finos pretos atravessados.
Começa o Navio Fantasma – até nisto há coerência, já que o tema é mar. Os tons nas roupas, idem: areia, azul, verde, quase tudo com brilhos líquidos ou perolados. Pérolas nos cabelos presos, saias de babados como se fossem algas, sandálias com saltos de coral branco, muitas saias e blusas de crepe pregueadas com dobras.
 
O tricô, tão prezado por Lagerfeld, segue a onda assimétrica, sem ser óbvio (um lado com manga, o outro, sem), é um lado com mangas em um ponto, como um meio bolero, o outro, liso. Nas mãos das modelos, bolsinha-alga e bolsa-pacote. Maiô e biquini também incluem pérolas e recortes no tecido branco.
Mais uma vez, Chanel justifica a vinda a Paris. É tão perfeito, que na manhã do show o céu amanheceu nublado e a temperatura desceu para 20 graus, fazendo com que a cidade ficasse com o visual branco, chique, de sempre. Como Chanel, um chique eterno, que resiste ao tempo.
 
Fonte: Terra

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