27/10/11
 
Novas pesquisas indicam que o princípiop ativo no Viagra, que foi inicialmente testado como um tratamento para doenças do coração, pode ajudar as crianças com uma doença rara chamada hipertensão arterial pulmonar. A droga, que tem efeitos colaterais, já está aprovada para tratar a doença em adultos. E alguns pediatras também usam para tratar crianças, disse o médico Thomas Kulik, associado sênior na área de cardiologia do Hospital Infantil de Boston. Por outro lado, o remédio ainda não recebeu aprovação do FDA (agência que regula o mercado de remédios e alimentos nos EUA) para isso.
 
A hipertensão arterial pulmonar causa pressão sanguínea anormalmente alta nas artérias que levam sangue aos pulmões. Ela pode ser hereditária, acompanhar algumas formas de doença cardíaca ou ocorrer sem motivo conhecido. A doença pode limitar a capacidade de exercício e levar à insuficiência cardíaca ou até mesmo à morte.
 
Em adultos, a pesquisa mostrou que o sildenafil – mais conhecido pela marca Viagra – pode ajudar a melhorar a o transporte de oxigênio e a tolerância ao exercício, mas não está claro se ele melhora a expectativa de vida, disse Kulik.
 
No novo estudo, os pesquisadores deram doses variadas de sildenafil para crianças de um a 17 anos durante 16 semanas. Após esse tempo, eles testaram 105 das crianças.
 
Anteriormente, o autor do estudo, Robyn Barst da Universidade de Columbia, em Nova York, analisou a pesquisa e descobriu que o ingrediente ativo em uma outra droga erétil, Cialis (tadalafil), parecia efetivamente tratar a hipertensão pulmonar em adultos.
 
No novo estudo, os pesquisadores descobriram que crianças que tomaram a droga apresentaram melhora na função pulmonar em relação àqueles que tomaram o placebo – produto "de mentira", sem a substância. Os pesquisadores, incluindo dois da Pfizer, fabricante do Viagra, também descobriram que as crianças podem se exercitar mais e com maior facilidade.
 
Segundo Kulik, em adultos a droga pode causar problemas de visão, e em crianças pode causar uma condição chamada priapismo, em que o pênis permanece ereto. Uma pequena diminuição da dose pode eliminar o problema, disse ele.
 
No geral, a dose média parece mais segura e eficaz, segundo os pesquisadores. Kulik disse que vai levar algum tempo para determinar se o medicamento melhora o tempo de vida das crianças com a doença.
 
Fonte: Reuters

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