29/11/11

 

 

Saber conhecer um vinho é uma verdadeira arte. Há vários aspectos para serem avaliados. Mas um leigo também pode aprender a degustar e diferenciar os tipos de vinhos. O enófilo da Casa do Porto, Eldir Farias, explica que são necessários três exames: o visual, olfativo e o gustativo. “Depois de conhecê-los, é só praticar: olhar, cheirar e degustar muito”, diz ele. 
 
Confira o passa a passo e aprecie melhor seu vinho!
 
1º etapa: análise visual
Observe se o vinho é límpido, brilhante ou transparente. Note a cor dele. Nos vinhos tintos mais jovens, com até 5 anos, a cor é forte, púrpura, tonalidades violeta, rubi, vermelho-acastanhadas, castanhas ou tijolo. E é um vinho que brilha mais. Com o passar do tempo, os vinhos tintos vão ficando mais claros. Em relação aos brancos, acontece o inverso, os vinhos mais jovens são mais claros e os que possuem mais de 5 anos, possuem cor menos límpida. 
 
2º etapa: análise olfativa
Após olhar bem o vinho, é hora de cheirá-lo. Há alguns tipos de aromas: os primários, que são aqueles que se originam da própria uva, como os de frutas ou flores. Os secundários,  produzidos durante o processo de elaboração do vinho, por exemplo frutado, floral, herbáceo, láctico, vegetal, mineral…E os terciários, chamados  buquê,  palavra  usada apenas para designar o aroma dos vinhos envelhecidos. Ele é mais complexo, profundo e difícil de ser descrito. Respire fundo e sinta os aromas! Nos tintos, sentirá cheiro de frutas vermelhas, frutas negras, frutas passificadas, cassis, compota, , torrefação, caramelo, especiarias etc. Já nos brancos, de  frutas brancas, frutas frescas como o maracujá, mel, chá, amêndoas, nozes, fermento, aromas cítricos, florais, herbáceos etc. E, à medida que o vinho vai envelhecendo, o aroma fica menos forte. 
 
3º etapa: análise gustativa
Antes de provar o vinho, é bom lembrar que o sabor doce percebe-se na ponta da língua; o sabor ácido, nas laterais; e o amargo, percebe-se no fundo. Na boca é que se observa o equilíbrio do vinho. Uma dica é manter o vinho dentro da boca por cerca de quinze segundos, fazendo-o contato com as diferentes partes da língua que indicam as sensações gustativas.
Independentemente de ser jovem, evoluído, leve, encorpado, alcoólico etc., ele deve ter harmonia entre alguns elementos. Nos tintos, há um equilíbrio entre tanino, acidez e álcool.  Já nos brancos, apenas acidez e álcool. 
 
 
* Eldir Faria ministra cursos de degustação na Casa do Porto (3225-3260)
 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here