07/12/11

 

Um  estudo realizado na Universidade Concórdia de Montreal, no Canadá, constatou que apesar das crianças pequenas gostarem de imitar o que veem e escutam – gestos, entonações, expressões -, elas optam por não seguir o exemplo de quem percebem como pouco confiável.
 
Mais observadores do que se pensa, as crianças menores de 16 meses são capazes de distinguir o verdadeiro do falso, de acordo com o estudo publicado na revista Infant Behavior and Development, e a maioria se nega a imitar um adulto após comprovar que este a enganou.
 
"Assim como as crianças mais velhas, os bebês registram se um indivíduo é preciso ou impreciso e utilizam essa informação para guiar sua aprendizagem posterior", disse a principal autora do estudo, Diane Poulin-Dubois, do Departamento de Psicologia da Universidade Concórdia e membro do Centro de Pesquisa em Desenvolvimento Humano.
 
"Concretamente, as crianças optam por não aprender algo com alguém que eles percebem como pouco confiável", completou.
 
A pesquisa centrou-se em 60 crianças de 13 a 16 meses, divididas em dois grupos, um com avaliadores adultos confiáveis e outro com avaliadores adultos não confiáveis.
 
Na primeira tarefa, os adultos olhavam dentro de uma caixa e mostravam seu entusiasmo. Depois, as crianças recebiam as caixas para ver se estas continuam um brinquedo, para verificar assim a credibilidade do adulto.
 
Na segunda tarefa de imitação, o mesmo adulto acendia a luz pressionando o interruptor com a testa em vez de usar as mãos. Apenas 34% das crianças cujos avaliadores eram confiáveis imitaram esse estranho gesto. Por outro lado, 61% das crianças no grupo do adulto confiável imitaram esse comportamento.
 
 

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