16/09/12

 

Antonio Perovano completou 60 anos de vida e tem o orgulho de olhar para trás e constatar que tudo valeu a pena. O empresário comanda a Serdel, de serviços de conservação, e a Vistec, de tecnologia, além de ocupar cargos em entidades como o Sindicato das Empresas de Asseio e Conversação do Espírito Santo (Seaces), onde é diretor-secretário; a Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), como vice-presidente para a região Sudeste; e o Instituto do Desenvolvimento Econômico e Social Sebastião Perovano (Idesp), como presidente.

Perovano é casado há 38 anos com Marilda Roseane e tem três filhos: José Ricardo, 37, advogado e administrador; Lurdinha, 32, jornalista; e Ariane, 21, que vai se formar em Publicidade e Propaganda. E os xodós são os netinhos.

Confira como é o dia a dia corrido, mas equilibrado, desse paizão, que ainda arruma tempo para fazer mais feliz o Natal de mil crianças na Serra, há 21 anos.

 

– Como é o seu dia a dia de trabalho, à frente da Serdel e da Vistec e com cargos no Seaces, na Febrac e no Idesp?

Começo cedo para dar tempo. Faço minha caminhada das 6h às 7h, dou uma olhada nos jornais e às 8h já estou no trabalho para cumprir as agendas, em Vitória e em viagens. Tenho uma boa equipe que me auxilia. São as pessoas certas nos lugares certos, para que as demandas sejam menos cansativas e eu consiga administrar meu dia a dia sem transtornos.

Aprendi a administrar o que tenho que fazer dentro do horário do expediente. Como bom virginiano, não deixo para amanhã o que posso fazer hoje. E tudo das 8h às 18h, senão não para de trabalhar nunca. Já sofri muito com isso, começando às 6h e indo até as 23h. É possível trabalhar muito, mas de uma forma que não seja prejudicial para você e para seus familiares.

– Você também já foi dirigente do Vitória. Ainda está ligado ao clube?

Participei durante cinco anos como presidente do Conselho, mas este ano estou cheio de atribuições, cuidando dos eventos empresariais, como um encontro mundial que será realizado no Paraná, de 7 a 12 de outubro. Atualmente, minha participação no Vitória é como sócio torcedor.

– Chegando aos 60 anos, já parou para fazer um balanço da sua história?

Já. Tenho uma família estruturada que sempre me apoiou, três filhos que são a razão da minha caminhada junto com a Marilda Roseane, há 38 anos. Posso dizer que me considero realizado pelo alicerce que nossos filhos nos proporcionam.

Tenho certeza de que tudo valeu a pena, todos os esforços e sacrifícios feitos, que não foram poucos. São 37 anos de trabalho em prol de contribuir com a sociedade gerando empregos, renda para os municípios, o Estado e a União. Hoje são 3.500 pessoas empregadas diretamente, e mais de 14 mil pessoas dependentes.

– O senhor tem fama de paizão. Como é sua ligação com a família?

Meus filhos José Ricardo, Lurdinha e Ariane são presentes que Deus deu para mim e para a Marilda. São respeitadores, educados. Não tenho nem nota para dar para eles pela aproximação, pela lealdade. Estamos sempre juntos, dificilmente aos sábados e domingos deixamos de almoçar juntos, em casa ou no restaurante.

Além dos filhos, tenho três netos que são um agarro todo dia: o Ricardo e o João Victor, de 8 e 3 anos, filhos do José Ricardo; e o Bernardo, de 2 anos, filho da Lurdinha. Os pais educam e a gente estraga! (risos)

– Já está preparando a festa de Natal para crianças carentes?

Este será o 21º anos e já estamos organizando. Minha mulher e algumas voluntárias já estão fazendo as compras dos brinquedos. A doação será no dia 25 de dezembro, no bairro Novo Horizonte, na Serra, com cachorro-quente, refrigerante, sorteios de bicicleta e micro-ondas para os pais.

Durante 10 anos eu fiz o Papai Noel, mas hoje ajudo na coordenação para que tudo corra bem. Começamos com três pessoas e hoje temos mais de 40 voluntários ajudando a fazer mais feliz o Natal de mais de mil crianças. Já virou tradição, eles ficam aguardando.

É um trabalho cansativo, mas saio realizado. Que bom que a gente pode contribuir de alguma forma para levar alegria para as pessoas. E não é nem pelo bem material, pelo brinquedo, mas pelo gesto de carinho com elas. Já ouvi depoimentos de pessoas emocionadas me agradecendo porque aquele era o dia em que elas sabiam que Papai Noel existia.

– Faz atividade física?

Caminho 4 quilômetros todo dia e jogo futebol todos os domingos, há 18 anos, com a turma do Ajax, em Goiabeiras.

– Uma música?

“Rock and Roll Lullaby”, que tocava quando comecei a namorar a Marilda.

– Uma viagem que marcou?

Las Vegas.

– Um lugar que ainda quer conhecer?

Rússia.

– Um refúgio?

Meu quarto, um espaço bastante aconchegante onde faço minha meditação.

– Um livro?

Estou lendo “Aprender a Viver”, que ganhei e nos faz repensar tudo o que fez e o que podia ter feito. Também gosto de “O Monge e o Executivo”, volumes I e II.

– Um filme?

Gostava muito dos filmes de faroeste com Giuliano Gemma, Franco Nero…

– Um restaurante?

Tenho três locais que aprecio muito: São Pedro, Lareira Portuguesa e Vitoria Grill.

– Uma comida?

Moqueca.

– Deus?

É o Senhor onipotente que você não vê, mas vê tantas coisas que acontecem que sabe que ele existe.

– Família?

É quem está junto e te apoia com a certeza de que tudo vai dar certo. A mulher, os filhos e netos são o sustentáculo para continuar a caminhada.

– Uma frase que seja seu lema de vida?

Tenho duas: “Tem gente que escreve história, tem gente que lê história e tem gente que faz história”; e “Só é digno de seus direitos quem cumpre seus deveres”.

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