19/09/12
Espetáculo “Bernarda, por detrás das paredes”
Mais uma vez o projeto “Quartas no Theatro” receberá uma atração teatral, desta vez a apresentação será do grupo Repertório Artes Cênicas e Cia, em cartaz desde 2010, com o Espetáculo “Bernarda, por detrás das paredes”. A peça ousa no espaço utilizado, levando o público a ver o teatro de forma diferenciada, propondo uma maior interação entre obra e palco. A apresentação será realizada nesta quarta-feira, 19 de setembro, às 19 horas e às 20h30, com limite de 60 pessoas (cada). Os ingressos custam R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (meia-entrada).
Antes das apresentações, o público poderá prestigiar, às 18 horas, o projeto "Música no Museu", com o Quarteto de Violões da Fames, no Museu de Arte do Espírito Santo (Maes). Além de proporcionar um excelente momento de reflexão e contato com as artes, é também uma ótima oportunidade para os frequentadores do projeto "Quartas no Theatro Carlos Gomes" prestigiarem outros estilos musicais.
A peça é o terceiro trabalho do Grupo Repertório Artes Cênicas e Cia. Como matéria-prima para a criação do espetáculo foi escolhida a obra de García Lorca, “A Casa de Bernarda Alba” e “Arte Poética” de Aristóteles.
O tema central de "Bernarda, por detrás das paredes" gira em torno de Bernarda. Uma matriarca dominadora que após a morte de seu segundo marido decreta luto de oito anos, enclausurando em casa suas cinco filhas.
Destaque para a construção do espaço cênico do espetáculo, que se dá durante a passagem do exterior, onde o público é recebido, ao interior da casa de Bernarda. Na parte interna desta habitação fictícia, a encenação cria e destrói seus cômodos através das narrativas e das partituras físicas. A casa é apresentada ao público de forma abstrata e metafórica, um espaço/casa que mantém certo mistério e ocultamento.
Em cartaz desde 2010, “Bernarda, por detrás das paredes” (Lei Rubem Braga de Incentivo 2010/PMV e Prêmio Funarte Myriam Muniz 2011) foi construído em duas versões: uma, explorando o palco tradicional desnudado em sua maquinaria e a outra, se apropriando de uma casa típica da década de 1950. Todas as versões, com seus distintos formatos de cenas, obtiveram uma grande repercussão crítica.