17/03/15

 
 
O vinho verde é pouco conhecido, mas sempre esteve nas adegas, nos supermercados e nas mesas do Brasil. Há castas que geram vinhos de acidez pronunciada, com notas cítricas e herbáceas; outras que originam bebidas frutadas, que lembram pera, lichia ou frutas secas. As variedades brancas, mais populares, são perfeitas com tudo o que for delicado: pescados, frutos do mar, ostras, lagosta, queijos brancos, sushi e sashimi,  Na Páscoa, o vinho verde é uma das melhores opções, pois sua harmonização campeã segue sendo o bacalhau.
 
As versões tintas e rosés acompanham pratos como os assados, receitas mais gordurosas e condimentadas à base de bacalhau e as carnes de caça. 
 
A Região dos Vinhos Verdes compreende o noroeste de Portugal. É limitada pelo rio Douro ao sul e pelo Minho ao norte, na fronteira com a Espanha. Hoje é uma denominação de origem controlada (DOC): para ser verde, é preciso ser produzido nessa região, a partir de uvas autóctones (ou seja, naturais do lugar).
 
Um engano comum em relação a este tipo de vinho é imaginar que sejam elaborados a partir de uvas verdes. Neste caso, ser verde significa exatamente não estar maduro – mas isso se refere ao vinho, não à fruta. Ou seja, ele é verde porque, em geral, não é envelhecido, passa pouco tempo armazenado antes de ser engarrafado e segue imediatamente para o consumo.
 
Apesar disso, alguns rótulos são envelhecidos por alguns meses em barris de carvalho antes da distribuição, o que confere notas de madeira e de frutas maduras à bebida. Outra ideia bastante corriqueira é a de que o vinho verde não "aguenta" muito tempo guardado, precisa ser consumido em menos de dois anos. Algumas castas, como a Alvarinho, originam vinhos que suportam de cinco a dez anos de guarda. Como os tintos, eles também evoluem em aromas e sabor, se armazenados corretamente.
 
Confira alguns vinhos verdes: 
 
Alvarinho – É considerada a casta mais nobre da região dos verdes, e também a que origina um vinho encorpado e frutado, com boa acidez, notas florais e de frutas tropicais. Está presente na maioria dos cortes de vinhos verdes
 
Loureiro –  Cítrica, bem aromática tem caráter herbáceo bem pronunciado. O Loureiro estala na boca, de tão seco.
 
Avesso – A casta foi assim batizada por ser de difícil cultivo, melindrosa, sujeita a pragas e ao pesadelo de qualquer viticultor: a podridão no cacho. Se bem cuidada, porém, resulta em vinhos de acidez alta
 
Arinto – Uva bem aromática, que origina vinhos complexos, de caráter mais untuoso, bem gastronômicos e com notas de frutas maduras, como maçã ou pêra. O mel também pode surgir no paladar, especialmente após algum tempo de guarda.
 
Cortes – Populares no Brasil e Portugal, são produzidos pelo corte de duas ou mais uvas, com as citadas acima e também com a Azal e a Trajadura. Enólogos portugueses têm mesclado uvas da região com castas estrangeiras. Mas mesmo sendo feitos na região, estes rótulos perdem o DOC de Vinho Verde.
 
Tintos – Os vinhos verdes tintos são secos, cheios de tanino e acompanham carnes vermelhas ou pratos do mar de sabor forte. Os vinhos obtidos a partir da casta Vinhão são bem rubros e opacos. Outra uva usada nos tintos verdes é a Espadeiro.
 
Rosés – Os rosés da região dos vinhos verdes vêm ganhando fama internacional e hoje lideram a venda em seu segmento no país. Podem ser preparados com uvas da casta Touriga Nacional, gerando uma bebida bem refrescante, de aromas e sabores frutados.
 
Espumantes- Desde o final dos anos, algumas vinícolas portuguesas têm criado bons espumantes, com todas as variedades usadas na elaboração dos brancos -às vezes uma só casta, às vezes cortes de duas ou mais. Ainda não são muito populares no Brasil.
 
Aguardente velha – As aguardentes da região dos vinhos verdes são elegantes, bem diferentes da popular bagaceira (destilado do mosto do vinho). São envelhecidas de dois a seis anos e comparadas aos vinhos fortificados de Jerez e Conhaque. Ótima pedida para encerrar a refeição.
 
 
Fonte: uol

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here