23/11/12

 

 
 
A RG Viagens e Turismo reuniu nesta semana algumas dicas para quem vai fazer compras nos Estados Unidos.  Na maior parte das vezes, comprar por lá é bem mais barato que no Brasil. Inclusive camisas oficiais da Seleção Brasileira e sapatos “made in Brazil”. O custo Brasil torna nossos produtos pouco ou nada competitivos frente aos produzidos na Ásia e vendidos nos Estados Unidos. Com o dólar beirando os R$ 2,15 (para cima ou para baixo), é só fazer a conta: é uma oportunidade que não se pode ou quer perder.
 
O viajante brasileiro sempre tem uma listinha própria, da família, dos colegas de trabalho. Há os que se habituam a comprar coisas mais corriqueiras, como de higiene e beleza, ou acessórios para a casa, devido à qualidade maior e ao preço absurdamente menor. Tem até quem compre pneus de carro, material esportivo de grande porte e as coisas mais estranhas. É só prestar atenção na legislação brasileira, declarar quando o produto for acima da cota permitida e aproveitar uma das melhores épocas para compras nos Estados Unidos.
 
Por lá, somos mais que bem vindos. Muitas lojas e shoppings já têm funcionários falando português e espanhol, de olho nos compradores brasileiros. Espere, portanto, muitas facilidades, como transfers gratuitos, descontos especiais para estrangeiros, centros de informações com mapas em português, brindes e ofertas especiais, parcerias com hotéis e outros fornecedores e boa acolhida.
 
FAZENDO CONTA
 
1 – É preciso ficar atento ao fato de que sempre há uma taxa que é cobrada no caixa, variando de 6% a 9%, de acordo com o Estado. Alguns destinos, como a Louisiana e o Texas, devolvem as taxas ao turista na saída, em postos que requerem uma certa burocracia. A compra tem de ter sido feita em lojas que fazem parte do tax free e que forneçam o formulário com os dados do comprador e dos produtos. Alguns postos exigem ver os produtos. Só vale a pena mesmo quando os valores forem altos, ou no caso de alguns Estados, que não cobram taxa de roupas, como Nova York até US$ 100 ou Nova Jersey em qualquer valor.
 
2 – As compras no cartão de crédito são taxadas no Brasil em 6% (IOF). Os brasileiros estão se acostumando a levar dinheiro vivo (mais arriscado) ou o cartão pré-pago (Visa Travel Money, Mastercard ou Amex Global Travel Card), que é usado como cartão de débito, permite saques em caixas eletrônicos (há uma pequena taxa para saques) e pode ser recarregado do Brasil caso se gaste tudo antes do tempo. Se for levar dinheiro vivo, vale comprar no banco onde tem conta ou em casas de câmbio conhecidas, que têm até serviço de delivery. No destino, use o cofre do hotel ou leve sempre o dinheiro escondido na roupa (nunca em bolsas grandes ou carteira no bolso de trás).
 
3 – Escolher um bom hotel é essencial. Porque oferece mais segurança, tem cofres maiores nos quartos e sempre tem de se passar pela Recepção para ir ao quarto. Há também controle de quem entre e sai do quarto, pelas chaves eletrônicas. Não adianta economizar no hotel, pagando US$ 50 por dia, e depois perder os milhares de dólares em compras em assaltos ou furtos. Opte por hotéis verticais (os que oferecem vaga em frente ao quarto estão sendo alvo de bandidos), de grandes redes, dentro do complexos de lazer (como nos parques da Disney ou Universal, em Orlando) e em locais movimentados. Faça as compras mais valiosas no final da viagem.
 
4 – O mesmo vale para a escolha de um bom carro na viagem. Se o objetivo é fazer muitas compras, opte por modelos com amplo porta-malas, para evitar aquele monte de sacolas no banco de trás. Alugue sempre um carro superior, pois as malas nunca cabem depois de uma visita aos EUA. Alugue um GPS para não se perder. E nos shoppings, se for usar o carro para trazer compras durante um dia todo, opte pelos serviços de valet ou estacionamento vip. É mais seguro, os carros ficam mais próximos e os atendentes trazem o carro ou levam o cliente até ele para guardar as compras. Melhor gastar de US$ 10 a US$ 20 pelo serviço do que ser alvo fácil de roubos. Muitos estacionamentos têm convênios de descontos em lojas.
 
TEMPO
 
5 – Vai para Orlando com as crianças? Férias em Nova York? Explorar a Costa Oeste Americana? Reserve tempo para as compras. De preferência um ou dois dias inteiros, que não incluam outras atividades. Cansa menos e ajuda a completar a listinha do que comprar. Isso, aliás, é fundamental: faça uma lista. E planeje os locais que irá visitar.
 
6 – Nos shoppings e lojas, se está em grupo, estipule um tempo para todos se reencontrarem. Melhor cada um cuidar das suas compras do que ficar o grupo andando junto. E colocar um prazo é bom, pois é fácil perder o foco e comprar o que não se queria, por exemplo. Se está sozinho, passeie pelo shopping tranquilamente, mas não esqueça do foco: a lista.
 
LOCALIZAÇÃO
 
7 – Antigamente, os turistas tinham de dirigir horas até chegar a um shopping outlet, que oferece produtos com descontos. Hoje, há praticamente um em cada esquina (de rodovias, claro) e até lojas especializadas nesse tipo de produto nas grandes cidades. A lazer ou a negócios, pesquise antes de viajar o que há por perto de seu hotel. Sempre haverá um shopping tradicional (pelo menos), uma rua ou área de compras, um outlet a cerca de meia hora (ou menos) e aqueles bolsões de lojas no meio das estradas, com algumas âncoras como Best Buy, Marshalls, Home Depot, Walmart, Target, Old Navy, Michaels, entre outras. Farmácia (Walgreens, CVS), então, há uma em cada esquina.
 
8 – Alguns shoppings são tão perto dos hotéis que há shuttle gratuito a partir deles (todos os hotéis ao redor do Sawgrass Mills, em Fort Lauderdale, por exemplo, oferecem o serviço). O mesmo vale para alguns aeroportos. Do Aeroporto de Newark (NJ), por exemplo, há transfer para o Jersey Gardens, um dos melhores shoppings outlet dos Estados Unidos.
 
REGRAS
 
9 – O brasileiro que viaja pela primeira vez ao Exterior tem de saber que existem regras e elas têm de ser respeitadas, como no nosso País. Algumas regras básicas:
– há taxa de 6% a 10% sobre o preço marcado;
– guarde sempre o recibo para trocas de tamanho, por outras mercadorias, itens quebrados ou faltando… não importa, com a nota as lojas sempre trocam. Algumas exigem a etiqueta, mas a maioria troca sem problemas e o consumidor pode desistir da compra a qualquer momento. Portanto, se você comprou pela manhã e à noite se arrependeu, é só voltar na loja. Não há qualquer taxa.
– se um produto que você comprou entra em liquidação e você ainda está na viagem, leve a nota que será reembolsado com a diferença.
– as leis são rígidas para furtos e roubos. Não importa o valor.
 
ECONOMIZE MAIS
 
10 – Shoppings outlets são os templos de desconto, pois vendem coleções passadas. Assim que uma nova coleção é lançada nas lojas tradicionais, as passadas seguem para os outlets.
 
11 – Todos os outlets dispõem de mais benefícios na hora de economizar:
– visitantes vips recebem cupons de desconto extra, mas que também podem ser comprados (de US$ 5 a US$ 10 o livrinho com vários) nos balcões de atendimento ao cliente (customer service ou guest relations).
– hotéis, locadoras e outros fornecedores, como agências de viagens e operadoras no Brasil, também podem dar os cupons a seus clientes. A dica é perguntar sempre para seu agente/operador.
– Além de venderem por preços menores, os outlets também fazem promoções, principalmente perto de feriados como Thanksgiving, Memorial Day, Páscoa… Fique atento às vitrines.
– Algumas araras possuem uma placa de desconto extra. Preste atenção. São descontos sobre o preço promocional e geralmente são validados no caixa.
– As tradicionais araras de “sale” também existem nas lojas dos outlets.
– Alguns itens não podem ser trocados devido ao baixo preço, tipo “bota fora”. Fique atento ao aviso “final sale” (venda final).
 
12 – Algumas lojas dão de 10% a 15% a mais para quem tem o cartão da marca, mas geralmente só vale para quem mora nos EUA. Não perca tempo preenchendo cadastros. Diga: não moro aqui.
 
13 – Na rede de lojas Macy’s, estrangeiros recebem um cartão que dá de 10% a 15% de desconto em toda a compra (com poucas restrições de produtos). Basta passar no Guest Relations ou Costumer Service e mostrar o passaporte, para comprovar que não é americano.
 
COMODIDADE
 
14 – Os brasileiros já descobriram que é muito fácil e seguro comprar pela internet e mandar entregar no quarto do hotel. Mas isso requer atenção:
– assegure-se de que a loja é renomada e o site seguro antes de usar o cartão de crédito internacional
– graças aos brasileiros, os hotéis já estão cobrando uma taxa por pacote recebido, pois alguns tiveram de criar um departamento para manusear as entregas. Saiba antes que taxas são essas, pois pode não valer a pena. Às vezes você faz apenas uma compra de vários produtos de uma só vez, mas a loja virtual recolhe os itens de vários fornecedores. Podem chegar diversos pacotes, em prazos variados.
– se vai ficar muitas noites em um hotel, compre logo nos primeiros dias ou mesmo no Brasil. Mas se a viagem é curta e vai trocar muito de hotel, é melhor não arriscar.
 
15 – Também fique atento nos prazos para compras que são enviadas ao hotel por lojas tradicionais ou dos parques temáticos. Se estiver no fim da viagem, prefira carregar as compras.
BAGAGEM
 
16 – O Brasil é um dos países com maior franquia de bagagem: duas malas de 32 quilos ou 70 libras (pounds) por passageiro. Na executiva geralmente são três malas. Mas você pode trazer quantas malas quiser se pagar de US$ 75 a US$ 225 por mala. Malas acima de 50 libras ganham a etiqueta de “heavy” (pesado). Malas acima de 70 libras não são aceitas em voos de passageiros. Você terá de tirar parte do peso e colocar em outra mala ou mesmo levar na mão, se não estiver com muitas sacolas. E atenção para voos domésticos, as regras são mais rígidas e há companhia que cobra até pela primeira mala. Se seu bilhete interno está atrelado ao internacional, não há problema. Mas se você comprou trechos separadamente, em empresas low cost, por exemplo, provavelmente terá de pagar mais pelo despacho.
 
17 – Cuidado com os itens proibidos de se levar a bordo. Tudo que é de vidro, e, portanto, frágil, tem de ser despachado. Ate globos de neve. Garrafas, nem pensar. Coloque tudo nas malas despachadas.
 
18 – Muitas vezes, declarar os itens na Alfândega brasileira é mais vantajoso que comprar no Brasil ou, pior, ser pego e pagar multa maior. Ter os itens legalizados também evita dores de cabeça. O formulário de declaração é distribuído no voo de volta e só precisa preenchê-lo quem for declarar e pagar imposto.
 
DICAS PRÁTICAS
 
19 – O ideal é experimentar tudo que se compra. Os eletrônicos, dá para ligar no hotel ou durante a viagem. As roupas, pode-se experimentar nas lojas e depois, com calma, no hotel.
 
20 – As medidas de roupa são diferentes e entre as marcas um XL (extra large) pode ser o L (large) de outra. Há marcas, especialmente de surfe e para jovens, em que tudo é um pouco maior que no Brasil. Os gordinhos se fazem nos EUA, há vários X adicionados antes do L. Mas geralmente um XL resolve o problema. Também os pequenos, pois XS é muito comum, principalmente para mulheres. Para crianças, a dica é experimentar na hora ou levar as medidas exatas e comprar um pouco maior. No caso de sapatos, leve a forma do pé, desenhada em uma folha de papel, por exemplo. As calças têm uma numeração extra, que diz respeito ao comprimento (36 X 30 é 36 de cintura e 30 de comprimento). Também as camisas sociais masculinas têm o tamanho do colarinho e das mangas. Portanto, vale experimentar para garantir que é a ideal. Confira nas tabelas as principais relações de tamanho lá e cá. Mas sempre que puder, experimente.
 
21 – O Brasil é um dos poucos países do mundo com free shop de chegada, permitindo a compra de US$ 500 sem impostos. Reserve o produto que quiser ou veja na internet se há disponibilidade, e já tire da lista itens como perfume e bebidas. Chocolates também têm bom preço nas lojas brasileiras. O restante sempre vai ser mais caro que no Exterior, mas se você esqueceu de alguém, é a última chance.
 
22 – O free shop de saída também permite que os passageiros brasileiros façam compras, mas esses itens entrarão em sua cota de US$ 500 isentos. Uma boa chance também de levar um presente para um amigo ou parente que está nos EUA. Mas cuidado com comida perecível e alguns itens proibidos.
 
23 – Se comprar bebida no free shop ou no avião, a caminho dos EUA, lembre-se que, se ainda tem um voo interno, precisa colocar as garrafas na mala despachada para o trecho doméstico. Um exemplo: comprou duas garrafas de champanhe e levou na mão, no voo São Paulo-Atlanta. Em Atlanta, depois de passar pela Imigração (que vê o visto) e pela Alfândega (que vê os bens que entram no País), o passageiro, se vai para outro destino, tem de rechecar sua bagagem. Nesse momento, as garrafas têm de ir junto, dentro da mala, ou não passarão da área de segurança.
 
24 – Comprar a bordo dos voos de/para EUA também pode ser uma boa, especialmente perfumes e kits de maquiagem, além de brinquedos com o tema de aviação e pequenos presentes. As empresas americanas só aceitam cartão de crédito. Algumas, vale lembrar, cobram por bebidas alcoólicas e, nos voos domésticos, por fone de ouvido. Mas também há serviços pagos muito bons nos voos domésticos, como internet, canais de entretenimento, TV ao vivo e até comida de qualidade.
 
25 – E fazer compras em aeroportos americanos? Vale a pena? Em alguns casos, sim. As lojas duty free nem são lá essas coisas (e as compras são entregues na porta do avião somente, para se ter certeza que a venda é para um passageiro internacional), mas alguns aeroportos têm boa quantidade de lojas dentro e fora da área de embarque.
 
Os shoppings mais visitados dos Estados Unidos:
 
1 – Mall of America – Bloomington, Minnesota
2 – Aventura Mall – Aventura, Flórida
3 – Del Amo Fashion Center – Torrance, Califórnia
4 – Woodfield Mall – Schaumburg, Illinois
5 – Sawgrass Mills – Sunrise, Florida
6 – King of Prussia Mall – King of Prussia, Pensilvânia
7 – Houston Galleria – Houston, Texas
8 – Palisades Center – West Nyack, Nova York
9 – Gurnee Mills – Gurnee, Illinois
10 – Tysons Corner Center – McLean, Virginia
 
Outros templos de consumos para os brasileiros
 
Shopping malls e outlets:
 
Bal Harbour Shops – Bal Harbour, Flórida
Bayside Marketplace – Miami, Flórida
Citadel Factory Outlet – Downtown Los Angeles, Califórnia
Dadeland Mall – Miami, Flórida
Dolphin Mall – Miami, Flórida
Fashion Show Mall – Las Vegas, Nevada
Florida Mall – Orlando, Flórida
Jersey Gardens – Elizabeth, Nova Jersey
Jersey Shore Premium Outlets – Tinton Falls, Nova Jersey
North Park Center – Dallas, Texas
Orlando Premium Outlet International Drive – Orlando, Flórida
Orlando Premium Outlet Vineland – Orlando, Flórida
Potomac Mills – Woodbridge, Virgínia (próximo a Washington)
The Falls – Miami, Flórida
Woodbury Commom Premium Outlets – Central Valley, Nova York
 
Supermercados:
Walmart
K-Mart
Target / Super Target
 
Farmácias:
Walgreens
CVS
 
Eletrônicos:
Best Buy
 
Lojas:
Macy’s
Century 21 (Nova York)
Toys’r’us
 
 
 
* A RG Viagens e Turismo oferece pacotes para quem vai viajar exclusivamente para fazer compras. Basta entrar em contato para mais informações pelo telefone (27) 3024.0441

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here