30/06/13

 
Graduado em Economia pela UFES e com mestrado na FGV/RJ, Clovis Vieira começou a carreira  atuando no Governo do Estado em projetos como a 1ª Pesquisa de Consumo de Produtos Industrializados no ES e da viabilidade do Centro Industrial da Grande Vitória, ambos norteadores do processo de industrialização estadual.
Nesta entrevista ele fala sobre sua carreira e como as recentes manifestações da população podem refletir na economia. Confira:
 
 
Conte-nos como foi sua atuação como economista durante o processo industrial no ES? 
Como consultor econômico participei na elaboração de diversos projetos de viabilidade econômica e financeira, com destaque para a FIBRASA, a primeira empresa a se implantar no CIVIT em condições pioneiras. Como professor do Departamento de Economia da UFES participei do projeto de reformulação do curso de economia em âmbito nacional e fui diretor-presidente da Fundação Ceciliano Abel de Almeida. Em 1989, em associação com o economista Luis Paulo Rosenberg, fundamos a Vieira e Rosenberg Consultoria, que faz um trabalho inédito e pioneiro junto ao Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do ES.
 
 
 
Com todas as manifestações do povo brasileiro, acredita que  haverá um reflexo na economia do país?
As recentes manifestações de ruas que iniciaram contrárias ao aumento das tarifas urbanas e se espalharam por todo o país, marcam um novo momento na história da manifestação política pelo uso intensivo da mídia virtual e por mostrar que o Brasil jamais será o poço de tolerância popular. Nunca se viu tanto engajamento da população a uma causa desde as "Diretas Já".  Alcançado o êxito no recuo nos reajustes das tarifas de transportes, e apressando o Congresso na votação de mudanças modernizantes nas áreas de Educação e Saúde, o movimento prossegue com doses elevadas de violência, o que se espera possa se atenuar para não interferir na redução da atividade econômica.
 
 
E no Espírito Santo, acha que é possível algo ser mudado no setor econômico?
Certamente que as manifestações por estarem fortemente centradas na melhoria da mobilidade urbana, forçará os governos estaduais a privilegiarem investimentos na infraestrutura básica, que poderão atenuar os gargalos logísticos impeditivos do nosso desenvolvimento, reorientando os esforços públicos nesse sentido.Creio que isso apressará o início das concessões para se transferir ao setor privado a responsabilidade pela modernização da infraestrutura básica.
 
 
 
Qual a principal questão, mais urgente, que levantaria, referente a economia, na lista de pedidos da população brasileira?
É preciso dar celeridade e ênfase ao chamado passivo social representado pelos pilares saúde, educação e segurança, principal demanda dos movimentos reivindicatórios em curso na sociedade brasileira. Também é fundamental que o governo assegure uma pronta recuperação de sua credibilidade perdida, notadamente no terreno fiscal, promovendo os ajustes necessários.
 
 
Como percebe a economia capixaba hoje, o que avançamos e o que é necessário avançar mais?  
Para que o Espírito Santo possa competir seriamente por investimentos, negócios e turismo será preciso gerenciá-lo como se fosse uma marca ou produto.Na verdade, o estado precisa de ter uma visão de longo prazo para crescer e se posicionar, nacional e internacionalmente, promovendo a competitividade, a inovação e o desenvolvimento de suas competências.
 
 
Agora, um bate-bola,sobre o que faz e gosta no dia a dia …
 
 
 Faz atividade física? Qual?
Faço academia regularmente e caminhada no final de semana.
 
 
Uma música?
The Shadow of Your Smile
 
 
Uma viagem inesquecível?
Sudeste Asiático
 
 
Um refúgio?
Apê em Guarapari
 
 
Um livro?
O Caçador de Pipas
 
 
 
Um filme?
O Discurso do Rei
 
 
 
Restaurante?
Lareira Portuguesa, pelo conjunto da obra
 
 
 
Comida?
Árabe
 
 
 
Praia ou Montanha?
Sou mais sol e mar
 
 
 
Deus?
O nosso Porto Seguro
 
 
Brasil?
A Pátria amada
 
 
Espírito Santo?
Um exemplo bem sucedido de multiplicidade cultural, social e ambiental. 
 
Uma frase?
" Persevere e Vencerás ".
 
 

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