10/02/14

 
 Pesquisadores da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, concluiram durante uma pesquisa, que  altas doses de vitamina C podem aumentar a eficácia dos tratamentos de quimioterapia em pacientes com câncer. O estudo, divulgado na publicação científica 'Science Translational Medicine', afirma que doses injetáveis de vitamina C podem ser um coadjuvante eficiente, seguro e barato no tratamento de mulheres com tumor nos ovários.
 
 
Na década de 1970, o químico Linus Pauling defendeu que a administração intravenosa de vitamina C poderia ser eficiente contra o câncer. No entanto, testes clínicos em que a vitamina era ingerida pela boca falharam em replicar o mesmo efeito, e as pesquisas foram abandonadas. Hoje se sabe que o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida pela boca.
 
Na pesquisa, os especialistas injetaram vitamina C em células cancerígenas do ovário em laboratório. Eles também repetiram o experimento em camundongos e em 22 pacientes com câncer de ovário.
Eles observaram que as células cancerígenas que receberam vitamina C em laboratório reagiram à substância, enquanto as células normais não foram afetadas.
Em camundongos, a vitamina C reduziu o crescimento do tumor e os pacientes com câncer que receberam injeções com a substância disseram ter sofrido menos dos efeitos colaterais da quimioterapia.
 
A pesquisadora Jeanne Drisko disse que há um interesse crescente entre oncologistas de testar o poder da vitamina C no tratamento contra o câncer. 'Pacientes estão buscando opções eficientes e mais baratas de melhorar os efeitos do tratamento', disse ela à BBC News. 'E a vitamina C intravenosa tem esse potencial, como indica nossa pesquisa científica e resultados dos primeiros testes'.
 
Um possível obstáculo ao avanço das pesquisas é falta de disposição das empresas farmacêuticas em financiar testes, porque não há como patentear a vitamina C – um produto natural. 'Como a vitamina C não tem potencial para patente, seu desenvolvimento não deverá ser apoiado pelas farmacêuticas', disse o pesquisador Qi Chen. 

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