12/08/14

A França foi o país que atraiu o maior número de turistas no ano passado.  Aproximadamente  85 milhões de pessoas visitaram o país europeu, apesar da situação delicada de sua economia, devido ao aumento do interesse chinês e da volta dos turistas norte-americanos.
 
Com praias no Mediterrâneo e montanhas para esqui, além do rico legado arquitetônico e de atrações que vão desde o castelo de Versalhes até a Euro Disney, a França tornou-se ainda mais popular no último ano, com uma alta de 2% nos visitantes frente a 2012. 
 
O país manteve sua posição no ranking à frente dos Estados Unidos, que atraíram 69,8 milhões de visitantes, e da Espanha, com 60,7 milhões. De fato, se os turistas da França constituíssem seu próprio país, ele seria o mais populoso da Europa com uma margem de vários milhões, mostraram dados do Banco da França. 
 
Os dados do turismo, que mostram que o número de chineses visitando a França disparou 23,4% e o de turistas da Índia, 15,7%, totalizando 4,5 milhões de visitantes da Ásia, trouxeram uma rara boa notícia para um cenário econômico ruim no país europeu. 
 
A taxa de desemprego da França está em patamares recordes acima de 10%, e os dados de crescimento econômico para o segundo trimestre, a serem divulgados em 14 de agosto, devem mostrar, segundo expectativas, uma fraca expansão de 0,1%. 
 
Mesmo assim, os turistas escolheram passar um total de quase 600 milhões de noites na França no ano passado, um aumento de 4,6% ante 2012. A duração média de suas estadias — de cerca de 7 dias — foi 2,5% maior do que no ano anterior. Estimativas do governo colocam que a contribuição do turismo representa 6,5% do PIB nacional.  Visitantes da América do Norte — cujo número caiu dramaticamente durante a crise financeira global — continuaram a voltar, mostrando um aumento de 5,8% ano a ano, para 4,2 milhões de visitantes. 
 
 
O aumento das visitas vindas da América do Norte e de mercados emergentes ajudou a compensar uma pequena queda nos turistas vindos da Espanha, do Brasil e do Japão, um cenário o qual, segundo o Banco da França, é explicado como consequência de problemas econômicos nesses países.  No fim de junho, o governo do presidente François Hollande considerou um grande aumento no imposto sobre o turismo para ajudar as finanças do governo, o qual luta para reduzir o déficit público e colocá-lo dentro da meta da União Europeia. 
 
O plano, no entanto, foi descartado em julho, após violentos protestos de autoridades locais e operadoras de hotéis, que disseram que tal aumento mataria a demanda no começo do verão do hemisfério norte, estação que atrai bastante turismo. 

Será que a França continuará lideram o ranking neste ano? Vamos aguardar. 

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