11/01/12

 
A  Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) decidiu rastrear todas as mulheres que implantam próteses de silicone nas mamas por meio de um cadastro nacional que entrará em vigor neste mês. 
 
A ferramenta, chamada CNIM (Cadastro Nacional de Implantes Mamários), é uma iniciativa inédita da própria sociedade de médicos e não envolve órgãos do governo. O objetivo é ter uma ferramenta que mapeie de maneira eficaz todas as mulheres que colocaram ou retiraram próteses, incluindo numeração, marca e os motivos do implante.
 
 
O cadastro nacional começará a funcionar num momento em que o país enfrenta problemas envolvendo a prótese de silicone da marca francesa PIP (Poly Implant Protheses) e não sabe exatamente quem são as mulheres que as usam. – Se esse cadastro já estivesse funcionando há alguns anos, seria mais fácil saber onde estão as mulheres que usam o implante PIP para chamá-las para uma reavaliação.
 
As próteses PIP tiveram a venda suspensa no país em 2010, pois descobriu-se que foram fabricadas com silicone industrial, impróprio para uso médico. Elas apresentavam taxa de ruptura até cinco vezes maior do que a de outras marcas.
 
Para tentar rastreá-las e poder fazer um serviço de vigilância, a Anvisa teve de recorrer à empresa importadora. O objetivo é descobrir em que cidades as próteses foram compradas e, assim, pedir que clínicas e hospitais identifiquem as pacientes para que sejam acompanhadas adequadamente.
 
Até o momento, sabe-se que ao menos 12 mulheres fizeram queixas na Anvisa relatando problemas com a PIP.   O Brasil importou 34.631 unidades da marca PIP, das quais 24.534 foram comercializadas. As outras 10.097 próteses serão recolhidas e descartadas.

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