08/06/12

 

 
Se uma pesquisa fosse feita para escolher a cidade americana mais agradável e que melhor impressiona aos visitantes, São Francisco provavelmente levaria o título. Ela não parece em nada com uma cidade típica americana, e justamente aí reside a diferença. Colinas cobertas por simpáticas residências construídas em estilo vitoriano, ruas arborizadas com algo de cidade do interior, uma baia de águas azuis, uma ponte pênsil pintada de cor laranja, bondinhos circulando pelas ruas com campainhas que fazem tlim-tlim, tudo isto envolto por um clima de descontração que faz a gente perceber que algo aqui é diferente dos outros lagares. Dá para entender o que Douglas Cross e George Cory sentiram ao escrever a famosa canção I left my heart in San Francisco, pois esta é uma daquelas cidades que quando a gente vai embora o coração parece que se recusa a partir e continua por lá.
 
Ladeada pelo Oceano Pacífico e pelas águas da San Francisco Bay, a cidade espalha-se em torno de 42 colinas, e entre elas estão regiões tão diferentes quanto suas comunidades. Desde North Beach, o recanto italiano, até Nob Hill local de belas mansões. Desde a tranqüilidade de Pacific Heights, passando pelo agito do Embarcadero até o ecletismo da Castro Street, coração da San Francisco gay, e ainda Haight Ashbury, famosa nos anos 60 como capital do movimento Flower Power, ou ainda Chinatown.
 
 
 
São Francisco é um lugar onde falsos moralismos não tem vez, e que recebe bem a todos, independente das preferências religiosas, sexuais ou culturais de cada um. Comece sua visita conhecendo por um de seus principais símbolos, o conjunto de seis casas vitorianas da Teiner Street, frente à Alamo Square. Estas belos sobrados são os únicos remanescentes do grande incêndio que destruiu quase toda cidade, e tem a honra de serem o segundo local mais fotografado de San Francisco, logo depois da Golden Gate. São conhecidas como Painted Ladies. 
 
Para saber o que está acontecendo na cidade pegue um exemplar do SF Weekly ou Guardian, duas publicações semanais grátis que listam tudo que está acontecendo em Frisco. Ao lado, uma foto da Market Street, principal avenida comercial da cidade. Ao longo desta avenida, principalmente próximo as esquinas com Powel e Stockton estão localizadas as principais loja de departamento, bancos, bares, restaurantes, teatros, cinemas e diversas outras atrações. 
 
 
Próximo a Union Square que, você descobrirá um restaurante tão original quanto saboroso, o Lori's Diner. Com decoração inspirada nos típicos diners do anos 50, o Lori's serve pratos fartos, saborosos e de bom preço. Aliás, cabe ressaltar também que há muito brasileiros vivendo em São  Francisco.  O bondinho puxado por cabos subterrâneos – um sistema único no mundo – é uma das maiores atrações turísticas de San Francisco. Das oito linhas originalmente existentes, agora só restam três, e mesmo assim, porque a população não permitiu que eles fossem extintos. Na verdade mesmo, para andar nestes Cable Cars é necessária muita paciência, não tanto pelo tempo de trajeto, mas sim pelo tempo médio para se esperar na fila de embarque. Em dias e horários de muito movimento, o tempo de espera na fila pode chegar a duas horas. 
 
 
Uma das razões da espera para os passeios ser tão longa é que os Cable Cars são pequenos e levam pouca gente. A outra razão é que todo mundo que vai a São Francisco não admite nem sequer pensar em não fazer este passeio. Os trajetos são curtos, e em cerca de 15 minutos você de um extremo ao outro das linhas. Mesmo assim é preciso reconhecer que o passeio é uma delícia, principalmente para quem viaja na parte aberta ou nos estribos, o que torna a viagem bem mais emocionante. Se quiser uma dica, evite embarcar nos pontos finais, onde todo mundo espera para viajar sentado. O ideal é caminhar até um pouco adiante, e pegar o Cable Car numa de suas paradas. Como muita gente desce pelo meio do caminho é muito mais fácil arranjar lugar desta forma. 
 
 
 
Para conhecer melhor o estranho sistema de tração destes bondes – eles são literalmente arrastados pelas ruas graças a um engenhoso sistema de cabos subterrâneos – Não deixe de visitar o Cable Car Museum, onde estão situadas as imensas roldanas e onde é gerada a energia para mover todos os bondes da cidade. Mas lembre que como a cidade costuma ser fria, um passeio noturno no Cable Cars deve ser acompanhado de um bom casaco. 
 
A Union Square pode ser considerada como o centro do centro e em seu contorno estão diverso restaurantes, bares, cafés, dezenas de estabelecimentos comerciais, lojinhas de souvenir, etc etc. O nome original da praça, dado em 1941, foi escolhido como homenagem às tropas que lutaram pela manutenção da união do país durante a guerra civil. Durante um tempo a região era antro de mendigos e desabrigados, mas após a recente reforma toda área foi muito valorizada e agora a Union Square tem palcos para shows, cafés descolados e serve de local de encontro para jovens e trabalhadores que vem comer seus sanduíches de almoço nos bancos da praça. Cercada de lojas elegantes e hotéis de luxo, esta é agora uma das áreas mais nobres do centro.
 
 
 
A ponte Golden Gate é o principal cartão postal da cidade, e quem quiser vê-la de um bom ângulo tem duas boas alternativas: Embarcar num dos passeios marítimos que zarpam de hora em hora dos cais do Fishermans Wharf e que costumam passar por baixo da ponte, ou então visitar o Golden Gate National Recreation Area. Este parque, um dos recantos mais bonitos da cidade, é formado por uma sucessão de áreas verdes, simpáticas residências à beira mar, penhascos, estradinhas serpenteando por entre área ajardinadas e por lá estão diversos recantos onde se pode parar e apreciar a vista da entrada da baía emoldurada pela Golden Gate. 
 
 
Embora a cidade não seja grande, caminhar por San Francisco exige preparo físico. A sucessão de subidas e descidas em toda parte podem tornar uma caminhada curta numa prova de resistência. Um dos pontos de maior inclinação é Lombard Street (foto ao lado), no trecho situado entre as ruas Hyde e Leavenworth. Ela é conhecida como a Rua mais torta do mundo, e aqui seu trajeto é todo em zig zag, descendo desde o alto da colina Russian Hill e fazendo 10 curvas fechadas em apenas uma quadra. Se você pretende percorrê-la a pé, é preferível descer na estação superior do bondinho e ir descendo até a rua.
 
Chegou a hora do almoço e você não sabe onde ir? Fácil, ao longo da avenida Columbus, no bairro North Beach você vai encontrar dezenas de simpaticíssimos restaurantes italianos, alguns simples, com mesinhas nas calçadas, outro sofisticados onde todo mundo veste paletó e gravata.
 
Fisherman's Wharf já é uma lenda da cidade. Na beira da baía, este antigo atracadouro de pescadores agora é um ponto turístico animadíssimo, com diversos restaurantes, museu de cera e lojinhas de todo tipo. O painel redondo que aparece na foto ao lado demarca o centro desta região. Quase sempre abarrotado de turistas circulando de um lado para outro, a única desvantagem do Fisherman's Wharf as vezes é a dificuldade para caminhar pelas calçadas, tal é a multidão que vem para cá, principalmente aos fins de semana. Mesmo assim, em termos turísticos este é o hot point da cidade e aqui se encontram coisas para todos os gostos, desde lojas de malha, passando por artigos eletrônicos até barraquinhas vendendo casquinhas de siri. Se estiver por aqui na hora do almoço, experimente o restaurante The Franciscan. Ele está há décadas no mesmo lugar, já é um ponto tradicional da cidade, e serve uma comida ótima. Além de tudo, você vai almoçar ou jantar tendo a sua frente a vista soberba da baia de San Francisco.
 
Para compras em shoppings você vai precisar de um carro, pois os grandes malls estão afastados da zona central. Vá até o Serramonte Center, situado em Daly City, pouco ao sul de San Francisco. Basta seguir toda vida pela estrada 280, ou 1, e você passará ao lado dele. Quem preferir ficar por aqui mesmo também pode ir até a avenida Van Ness, a oeste do centro e que também concentra uma grande variedade de boas lojas. Ao contrário de outras cidades americanas, um carro em San Francisco não é algo tão imprescindível assim.
 
Entre as principais atrações turísticas da cidade, figura em destaque o Pier 39, com a vantagem adicional de estar situado à beira mar. Inicialmente um simples cais de pescadores o Pier 39 foi transformado num parque de diversões sobre as águas, onde estão ainda bares, restaurantes, exposição de animais marinhos, lojinhas vendendo artigos típicos, etc etc. Outro ponto famoso e bem próximo do Pier 39 é a Ghirardelli Square, antiga fábrica de chocolates, transformada num complexo de lojas, restaurantes, atrações diversas e claro, muito chocolate da melhor espécie.
 
 
Uma visita imperdível é China Town, o bairro chinês de San Francisco, na prática um dos maiores bairros chineses do país. A partir do pórtico existente na Grant Street, e ao longo das ruas Grant e adjacentes, você vai encontrar praticamente uma filial da china. Restaurantes, bares e padarias oferecendo desde Cake Moons e Patos Laqueados até iguarias chinesas menos conhecidas entre os ocidentais. Também vai encontrar livrarias, lojas de música, artesanato, artes, e principalmente, muita gente de olhinhos puxados. Aliás, para ver gente de olhos puxados, você não precisará ir até o bairro chinês. Praticamente em qualquer local de San Francisco encontra-se um percentual altíssimo de moradores com traços orientais, e as vezes a gente tem a impressão de estar não nos Estados Unidos, e sim na China, Japão ou Coréia. 
 
Na região à beira mar, entre o Pier 39 e o Fisherman´s Wharf existem dezenas de barcos oferecendo roteiros pela baía de San Francisco, ou então passeios mais longos, em mar aberto. Um passeio típico de uma hora inclui passar por baixo da Golden Gate e circular a ilha de Alcatraz, que funcionou como prisão de segurança máxima até 1963, e teve como um de seus hóspedes mais famosos o gângster Al Capone. Os passeios oferecidos pelas frotas da Red & White (partindo do pier 41) e os oferecidos pela Blue & Gold (pier 39) são feitos em embarcações maiores, mas em compensação custam o dobro do preço cobrado pelas embarcações menores que zarpam do lado e percorrem o mesmo roteiro. Para quem preferir há também passeios noturnos, sendo que alguns incluem jantar a bordo.
 
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